O início de um longo caminho

RESUMINDO OS FATOS

Sempre tive dificuldades no período menstrual- desde menina - tensão, dores e inchaços. Minhas mamas,  considerava-as grandes e incômodas. Na alimentação nunca tive muita regra... Seja como for, castigo ou herança genética, o fato é que no mês de dezembro de 2010, final de ano letivo, minha MAMA DIREITA não voltou ao tamanho normal após o término da menstruação. A mama continuou inchada e aos poucos foi ficando quente e avemelhada. Cheguei ao ponto de colocar compressa fria para poder dormir.

Estava esperando as féria para procurar um mastologista, quando durante um banho encontrei um nódulo na região inferior da mama. Que susto! Agilizei a consulta e por sorte consegui para o dia seguinte. O médico foi logo solicitando todos os exames necessários. A mamografia acusou um nódulo de 2,5cm. Isso aconteceu dia 23 de dezembro.

Sem falar em punção - procedimento mais indicado para o caso - o médico resolve fazer, no dia 07 de janeiro, uma cirurgia para retirada do nódulo, que já contava com 3,2 cm. O agravante da situação foi o fato de ter sido desconsiderada a márgem cirúrgica. Após análise citopatológica constata-se CARSINOMA DUCTAL INVASOR - G3 - infiltrado na pele - CARCINOMA INFLAMATÓRIO - T4. Troquei de mastologista e iniciamos então uma corrida contra o tempo.

Precisei de 20 dias para recuperação e então dei início à QUIMIOTERAPIA. Foram 8 aplicações quinzenais e marcamos uma MASTECTOMIA RADICAL MAIS RETIRADA DE 16 LINFONÓDULOS AXILARES E CLAVICULARES para 30 dias após o término da última químio - 31 de maio. A peça cirúrgica foi para análise e haviam 4 LINFONÓDULOS METÁSTICOS - confirmando alto grau e riso de recidiva.

Logo,  passei 45 dias me recuperando da cirurgia, sendo os 15 primeiros ainda com DRENOS. Necessitei de FISIOTERAPIA  para recuperar os movimentos do braço. Depois de tudo isso, iniciaram-se 28 aplicações de RADIOTERAPIA  de Plastrão e FCS - fossa clavicular superior. O tratamento radioterápico terminou dia 19 de agosto chegando à queimadura da pele deixando-a em "carne viva", necessitando no mínimo 90 dias para recuperação da pele, tentando evitar a FIBROSE, para que posteriormente seja possível se pensar nas etapas da RECONSTRUÇÃO DA MAMA. Ufa! É muita coisa! Deus dai-me força!